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quarta-feira, 5 de outubro de 2011



 
 

MANIFESTO EM DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA E DE QUALIDADE EM VÁRZEA GRANDE

A partir das 10h00 da manhã cerca de 100 pessoas, entre servidores do Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande, SINDIMED-MT, SINPEN-MT, Estudantes da área da saúde, representados pelo coletivo "Une pela base", Centro acadêmico de Psicologia da UNIVAG, " Frente de luta dos Centros Acadêmicos da UFMT"(Camed ,Cases ,DAENF),DCE-UNIC.... O protesto foi realizado em frente da Prefeitura Municipal, com objetivo de contestar a política de privatização da saúde via OS(organizações sociais) em defesa do SUS. A Gestão Municipal, declarou recentemente que está em fase de transferência da gestão para o Governo Estadual, e este tem interesse em "estadualizar" o HPSMVG (Hospital e Pronto Socorro Municipal Várzea Grande), que hoje é gerido pela FUSVAG. Na avaliação do SINDIMED-MT, essa postura de "estadualizar" é IRRESPONSÁVEL. Os trabalhadores da saúde presentes no ato relataram as péssimas condições de trabalho no PSMVG, alegando que se caso isso se concretize, a unidade correrá sérios risco de sucateamento, piorando ainda mais o quadro da saúde que já é bastante critico, mais um exemplo é o atraso nos salários e gratificações. "A momentos que nós trabalhadores, fazemos cotas para compra de materiais básicos como: seringas, remédios e outros itens, para prestar um atendimento digno à população". Para o movimento estudantil, esse processo de privatização do HPSMVG, através de OS'S , irá afetar as relações de trabalho, e com isso prejudicar a vida daqueles que hoje estão em instituições de ensino, no intuito se qualificarem para se tornarem futuros profissionais da área da saúde. O SINDIMED-MT, solicitou audiência em caráter de urgência para tratar das reivindicações da categoria e mais uma vez demonstrar o posicionamento contrário a implantação das OS'S no estado, no entanto o prefeito não estava presente, e foi recebido pelos secretários do município, que nada de concreto apresentou ao movimento. Nas palavras do Dr. Glen Arruda, diretor do SINDIMED-MT, "este ato é só o inicio da retomada do movimento
, construiremos mais movimentações e nas próximas estaremos maiores".
http://www.youtube.com/watch?v=3fk_nUu0ztM

http://www.youtube.com/watch?v=5gYXMavOkuo&feature=channel_video_title

http://www.youtube.com/watch?v=1uPQKavwFiY
 
- Lehu Wanio de Araujo

Coordenador geral do DCE-UNIC

Diretor de mov.sociais Une - pela base - Oposição

terça-feira, 4 de outubro de 2011

MANIFESTE-SE

VEJA ABAIXO A CARTA CONSTRUÍDA PELO DCE E CENTROS ACADÊMICOS CONVOCANDO OS ESTUDANTES PARA MANIFESTAÇÃO NA QUARTA:

Novamente as entidades estudantis desta universidade vem através deste informativo convocar os estudantes a se mobilizarem em defesa de nossas reivindicações que em sua maioria ainda não foram atendidas pela administração superior.
Não é novidade para nenhum estudante que a universidade pública vive uma situação complicada, pois as consequências do REUNI já são sentidas no dia-a-dia de cada um. Com esse decreto, os números de estudantes nas universidades aumentarão 100% até 2012, porém ao mesmo tempo não terá um aumento proporcional de professores e estrutura. A situação complicou ainda mais com algumas medidas tomadas pela presidente Dilma, como o corte no orçamento de 50 bilhões para as áreas sociais, sendo parte deles 3 bilhões para a educação. Somado a isso o arrocho salarial que a Presidente pretende fazer aos servidores públicos federais que na sua grande maioria se encontra com salários defasados.
Sabemos que nós estudantes estamos enfrentando vários problemas para permanecer na universidade, o número de bolsas é insuficiente, no RU ainda não temos café da manhã e muitos necessitam de refeições no final de semana, porém em relação a essa pauta a única proposta da reitoria é privatizar o RU.
Não podemos nos calar também diante do assassinato do estudante Toni Bernardo, natural de Guiné Bissau, que cursava o curso de Economia e foi assassinado na Pizzaria Rola Papo no Bairro Boa Esperança. Toni enfrentou uma série de dificuldades e nunca teve apoio apropriado da UFMT.
Infelizmente esse fato evidenciou diversas dificuldades que os estudantes do PEC-G (Programa de Estudantes – Convênio de Graduação) sofrem com o descaso da administração superior, pois, não recebem auxílio médico, as ligações para as famílias que são de 3 minutos mensais foram cortadas, as condições de moradia são insalubres. Ou seja, as condições sofridas por esses estudantes são as mesmas que os estudantes brasileiros enfrentam. Esses estudantes não têm direito de pleitear as bolsas existentes na universidade como a Bolsas (Permanência, Alimentação e Moradia) e não podem ter acesso a pleitear vaga na CASA dos Estudantes, portanto queremos a garantia que esses estudantes possam ter acesso a essas bolsas, como acontece em grande parte das universidades brasileiras.
Realizamos uma grande mobilização no dia 15/09, na qual apresentamos à reitoria 20 reivindicações estudantis, destas, grande parte ainda não foram atendidas. No ultimo CEB (Conselho de Entidade de Base) deliberamos a construção de um ATO na próxima segunda feira dia 03 de outubro, diante da falta de encaminhamentos concretos de grande parte de nossas reivindicações e em defesa de um ensino público de qualidade.
Apresentaremos nossa contra proposta e só sairemos da reitoria depois que nossas reivindicações forem concretizadas.

CONCENTRAÇÃO PARA O ATO EM DIREÇÃO A REITORIA, QUARTA (05 DE OUTUBRO) ÁS 9:00 HORAS NA PRAÇA DO RU.

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Luana Soares
(65) 9291-9175 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ato em memória de Toni Bernardo será realizado na quarta

Na madrugada do dia 22 de setembro um dos estudantes africanos foi brutalmente assassinado no Restaurante Rola Papo localizado no bairro Boa Esperança. O estudante Toni Bernardo cursava Economia, enfrentou uma série de dificuldades e nunca teve apoio apropriado da UFMT.

Os estudantes do PEC-G (Programa de Estudantes - Convênio de Graduação) sofrem com o descaso da administração superior, pois, não recebem auxílio médico, as ligações para as famílias foram cortadas, as condições de moradia são insalubres e as bolsas atrasam. Ou seja, as condições sofridas por esses estudantes são as mesmas que os estudantes brasileiros enfrentam.

A reitoria mostrou que não está ao lado dos estudantes, pois, não cria condições de assistência e permanência para aqueles que cursam um ensino superior público.


O ato em memória de Toni Bernardo será realizado nesta quarta-feira (28) às 18h (Concentração no Centro Cultural).


ENQUANTO HOUVER DESIGUALDADE SOCIAL,

NÃO HAVERÁ PAZ!



sábado, 17 de setembro de 2011

Estudantes encaminham novas ações em defesa da educação de qualidade

No dia 15 foi realizada uma manifestação em defesa da educação pública e de qualidade que contou com a participação de cerca de 700 estudantes de diversos cursos da universidade. Essa manifestação tinha como objetivo pressionar a reitoria para que as pautas do movimento estudantil (ME) fossem atendidas.

Nessa manifestação muitas palavras de ordem foram feitas dentro e fora da universidade. Os estudantes saíram do Restaurante Universitário, passaram pela Avenida Fernando Correa e seguiram rumo à reitora, onde lá seria feita uma pressão aos pró-reitores e à reitora exigindo prazos para todas as pautas. Essa estratégia havia sido deliberada um dia antes em uma reunião na sede do DCE.

Chegando a reitoria ficamos frente a frente com a reitora e mais cinco pró-reitores que já esperavam a manifestação dos estudantes. Um pequeno grupo que seguia na frente da manifestação ao invés de pressionar a reitora para garantir um diálogo na sede da reitoria, como havia sido deliberado pelos estudantes, abraçou calorosamente todos os pró-reitores e inclusive a reitora.

Muitos estudantes seguiram a manifestação ocupando a reitoria, sendo a maioria dos estudantes do curso de Engenharia Elétrica.

O outro grupo que abraçava a reitoria levou vários estudantes para um auditório onde, ao invés de cobrar prazos, possibilitou que a reitora pudesse enrolar os estudantes por mais de 5 horas, onde praticamente não houve avanço nas reivindicações.

Enquanto a reitoria fazia palanque no auditório, muitos estudantes continuavam na reitoria como uma forma de pressionar a administração para que as reivindicações fossem acatadas. Na reitoria, esses estudantes fizeram várias discussões sobre os problemas do curso e sobre os próximos passos que deveriam ser dados por esse movimento de ocupação.

Um grupo de estudantes foi ao auditório para convencer mais estudantes a irem à reitoria, pois sabiam que a "palestra" da reitoria não iria trazer vitórias concretas para o movimento estudantil e outro grupo passou em várias salas de aula convocando outros estudantes a se incorporarem ao movimento na reitoria.

A palestra da reitora acabou no auditório e vários estudantes foram à reitoria. Lá foi feita uma avaliação sobre a manifestação. Nesse momento, com muitos estudantes participando da ocupação foi deliberado que a ocupação continuaria como forma de resistência em defesa da universidade pública.

A unidade de todo o movimento estudantil garantiu a ocupação. Vários estudantes dormiram na reitoria. No outro dia, os estudantes se revezaram para ir às aulas e assim convocar outros estudantes para encamparem a ocupação.

Durante todo o dia, estudantes de vários cursos se uniram ao movimento. Alguns passavam e deixavam sua mensagem de solidariedade aos estudantes acampados.

À noite foi realizado um CEB (Conselho de Entidades de Base) no prédio da reitoria. Nesse CEB iria ser discutida a possibilidade de continuidade da ocupação.

A avaliação foi de que seria complicado manter a ocupação durante o fim de semana porque haveria um esvaziamento e não haveria estrutura suficiente. Os estudantes avaliaram também que agora era o momento de fazer um recuo estratégico para na segunda-feira, quando ocorrer a reunião com a reitoria, os estudantes façam uma nova pressão garantido as pautas do movimento estudantil.

Algumas posições avaliaram que a ocupação deveria continuar mas a grande maioria dos centros acadêmicos votou pelo recuo nesse momento, para que na semana que vem o movimento pudesse voltar mais fortalecido e organizado, para novas ações em defesa da universidade.

Na semana que vem haverá uma reunião com os técnicos para que possamos unir as categorias da universidade em defesa das reivindicações. Na segunda também haverá a reunião com a reitoria e o movimento estudantil unificado pressionará para garantir as pautas do ME.

A ocupação da reitoria foi um momento histórico na universidade. Vários estudantes criaram consciência da necessidade de estarem unidos e organizados em defesa dos seus diretos e mais do que nunca, essa ocupação modificou a história do curso de Engenharia Elétrica que agora está mais unido e preparado para a luta dentro do curso e da universidade.

Os próximos passos devem ser dados. Na semana que vem a pressão à administração superior continua. Vamos aglutinar mais cursos para essa luta, compor um movimento com técnicos e professores e assim, garantir melhorias para toda a universidade. A luta em defesa da educação continua!

 

REITORIA, PODE ESPERAR, A SUA HORA VAI CHEGAR!


"Ou os estudantes se identificam com o destino 

de seu povo, como ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam 

do seu povo e, nesse caso, serão aliados 

daqueles que exploram o povo"

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Professor Roberto Boaventura homenageia estudantes que estão na luta

Pulsar do coração de estudante


ROBERTO BOAVENTURA DA SILVA SÁ

Logo chegará a primavera trazendo flores, preparando brotos e frutos. Enquanto isso, exalto a "folha da juventude", de quem - para Milton Nascimento e Wagner Tiso - "já podaram seus momentos//Desviaram seu destino". Mas apesar disso, quiçá por isso, "renova-se a esperança" a cada "nova aurora". 

Hoje, presto homenagem aos estudantes; afinal, o mundo cai aos pedaços e eles estão de pé, lutando. Imagens de estudantes em luta invadem nossos olhares, renovando esperanças num mundo tão adverso e carrasco com os sonhos, tão impiedoso com os ideais, tão perverso e desonesto com as novas gerações. 

A violência contra estudantes chilenos é revoltante. Há mais de quatro meses, enfrentando aparato bélico, eles estão nas ruas daquele país, pioneiro do Neoliberalismo. Querem resgatar políticas públicas. Querem universidades gratuitas. Hoje, elas custam o equivalente entre cinco e oito mil reais/ano. A determinação daqueles jovens é lição de cidadania para o mundo. Estão fazendo História com "H" maiúsculo. 

Mas nem só no Chile se luta. Com as demandas que nos são próprias, nossos estudantes também fazem sua parte. Desde a luta por passe livre, pela não-privatização de serviços públicos, como água e esgoto, até pontos mais complexos, como a manutenção das universidades públicas como públicas, gratuitas e de qualidade, vemos de tudo. E tudo servindo de exemplo a adultos acomodados e acovardados, como a tantos professores que inviabilizaram a greve nacional das universidades federais. 

Muitos docentes, deveras oportunistas, optaram por continuar contando estórias para boi dormir a seus alunos, como se nada estivesse fora de ordem. Esse tipo de docente repassa aos jovens lições de culto à individualidade; resgata a abominável "Lei de Gérson": incentivo de se levar vantagem (pessoal) em tudo. É isso o que eles próprios já fazem, mas cinicamente usando espaços e recursos públicos. Esse tipo nunca deveria ser professor, muito menos de universidade pública. 

Na UFMT, os acadêmicos - como segmento - demonstram respeito pela greve que deflagramos no dia 24 de agosto; compreenderam que a qualidade do ensino já é dívida social, principalmente após o processo de expansão, chamado REUNI, sem as devidas condições. 

Como exemplo dessa compreensão, cito a Carta Pública do Centro Acadêmico de Biologia, na qual dizem: "percebemos que o descaso do governo com as reivindicações dos professores e técnicos (concursos públicos, principalmente) é o mesmo que envolve as demandas da assistência estudantil...". Logo, concluem: "...observamos um cenário de diminuição de custos para a Universidade pública..." 

Já num e-mail que recebi de um acadêmico de Contábeis, ele me diz: "mesmo estando no último semestre e com o TCC pronto, apoiei a greve". Ele entende "que os ideais pelos quais os professores lutam são importantes".

Vislumbrando o futuro, o jovem acadêmico sugere: "Amanhã é meu filho quem estará numa universidade e se esta não for valorizada poderá até lá ter sido privatizada". Faz ainda vibrante depoimento: "Há um mês eu também estava em greve. Sou funcionário do Detran; e nossa greve foi declarada ilegal, mas conseguimos fazer história. Chego a me emocionar, 'pois nunca antes na história'... do Detran isso tinha acontecido". 

Esses exemplos - sim - são aulas de História, e com "H" maiúsculo, que deveriam matar de vergonha professores com "p" minúsculo. São exemplos de corações de estudantes pulsando por um País com "P" maiúsculo. São nossas primaveras humanizadas! 


ROBERTO BOAVENTURA DA SILVA SÁ é doutor em Ciência da Comunicação/USP e professor da UFMT.
rbventur26@yahoo.com.br


Estudantes ocupam e acampam na reitoria da UFMT

Cerca de 600 manifestantes (entre estudantes, professores e técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT) marcharam na manhã desta quinta-feira (15) em defesa da educação pública e contra o abandono das instituições de ensino público realizado pelo governo federal. No final da marcha, organizado pelo Diretório Central dos Estudantes  e pelos Centros Acadêmicos da UFMT, os estudantes ocuparam a reitoria da Universidade.

Os alunos denunciaram a falta de bolsas para os estudantes, sucateamento dos laboratórios, falta de equipamento e professores na sala de aulas, atraso nas obras das casas de estudantes (CEU), entre outros.

Durante o movimento, os estudantes Josiane Sueli Beria e Marcelo Guedes, ambos do curso de Psicologia, revelaram a dificuldade para conseguirem as bolsas (permanência, auxílio-moradia, auxílio-alimentação) ofertadas pela UFMT. Os universitários vieram de outros estados (Rio Grande do Sul e São Paulo, respectivamente) e estão passando dificuldades para se manterem em Cuiabá.

"Meu pai ganha R$ 1500 por mês para sustentar uma família de quatro pessoas. Estou há seis meses aqui em Cuiabá e até agora não consegui nenhuma das bolsas de auxílio oferecidas pela UFMT. E o pior, a administração da universidade não dá nenhum justificativa para o fato. Vão esperar que alunos passem fome?", questionou indignada Josiane.

O protesto começou às 9h30 em frente a praça do Restaurante Universitário, os manifestantes seguiram pelos blocos da UFMT em direção a Avenida Fernando Côrrea e retornaram até a reitoria da Universidade onde ocuparam uma das salas de reunião. Temorosa com o ato, a reitoria Maria Lúcia Cavalli Neder propôs que um debate fosse realizado com a categoria no auditório do Instituto de Saúde Coletiva (ICS). Após o início das discussões, guardas da polícia militar foram convocados até o local.

Apesar das mais de 5 horas de conversa, até o momento a reunião ainda não finalizou. Caso os estudantes não tenham suas exigências atendidas, a categoria continuará acampada no prédio da reitoria.

A pauta dos universitários conta com 20 reinvindicações, entre elas: ampliação da assistência estudantil (aumento das bolsas permanência, auxílio-moradia, auxílio-alimentação e do número de vagas na casa dos estudantes), investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação pública, abertura do Restaurante Universitário durante todos os dias da semana (com café da manhã), compra de equipamentos para laboratórios, melhoria na acessibilidade e estrutura para os portadores de necessidades especiais.

BRASIL

Em todo o Brasil, movimentos estudantis têm eclodido. As reitorias da Universidade de Brasília (UNB), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade Federal de Alagoas (UFAL) também foram ocupadas recentemente.

O sucateamento do ensino superior público não é novidade no país. Durante a década de 90, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) promoveu corte de verbas para as universidades federais, inviabilizou concursos públicos para professores e funcionários técnico-administrativos e destinou verba pública para os setores da educação privada. As políticas educacionais de expansão do governo petista também trouxeram consequências negativas para as universidades. O número de alunos duplicou sem que a estrutura física e pessoal das instituições crescesse de maneira proporcional.


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Entidades estudantis organizam ato em defesa da universidade pública

As entidades estudantis da UFMT estão organizando um ato na quinta-feia (15) em defesa da universidade pública. O ato tem como objetivo expor os problemas da universidade e pressionar a administração para que as reivindicações dos estudantes, professores e técnicos sejam atendidas.
Foi elaborado um manifesto dos estudantes que expõe todos os problemas da universidade e a pauta de reivindicações. Leia na integra abaixo:

MANIFESTO DOS ESTUDANTES:

As entidades estudantis da UFMT vêm denunciar a situação de descaso que vivem estudantes, técnicos e professores devido às políticas educacionais do governo federal. O corte de verbas para as universidades federais, realizado por decreto, se manifestou no não reajuste do salário dos servidores, motivo que desencadeou as greves destes anos, assim como na falta de bolsas para os estudantes, sucateamentos dos laboratórios, falta de professores em sala de aula entre outras dificuldades enfrentadas pela comunidade universitária. 

Muitas destas dificuldades já não são novidades na educação superior que passou pelos anos sombrios de sucateamento no governo FHC e depois sofrendo com a política de "expansão" dos governos do PT como REUNI, no qual ocorreu um inchaço nas universidades sem que as estruturas física e pessoal fossem ampliadas na mesma proporção. O vestibular unificado ampliou o número de estudantes que necessitam de assistência estudantil sem que a oferta por bolsas e moradia estudantil fossem ampliadas conforme a nova demanda, deixando desamparada grande parte dos discentes.

Para piorar ainda mais a situação, no último semestre não foi aberto edital de seleção para veteranos concorrerem a bolsas permanência, alimentação, moradia e casa de estudantes, mostrando assim o descaso para com os estudantes. A UFMT também apresenta um cenário de obras atrasadas, tais como: Casa de estudantes, ampliação do RU, Hospital Veterinário, além das abras de acessibilidade como elevadores e rampas que ou não existem ou não funcionam. 

Já se faz urgente a ampliação da Biblioteca Central bem como a das bibliotecas setoriais que além de estrutura física defasada o acervo tem de ser renovado e ampliado. Os laboratórios estão desatualizados e faltam equipamentos em muitos dos cursos. Os banheiros de boa parte da universidade precisam ser reformados. Estes são só alguns dos muitos problemas que passa a UFMT. 

Dessa forma, o Diretório Central dos Estudantes e os Centros Acadêmicos reunidos no Conselho de Entidades de Base decidiram se manifestar contra esta situação apresentando as seguintes reivindicações:

As principais pautas que agregam a maioria dos cursos e alunos são: 

1. Investimento de 10 % do PIB para a educação pública já e incluir este financiamento no PNE (Plano Nacional de Educação) 2011-2021; 

2. Ampliação do número de bolsas: permanência, auxilio-moradia, auxilio-alimentação e número de vagas na casa de estudante (60% de aumento até o final deste corrente ano). Com ampliação do valor das bolsas.

3. Ampliação dos campos de estágio.

4. R.U. Aberto todos os dias da semana, assim como nos feriados. Abertura para café da manhã e a inclusão de suco nas refeições;

5. Liberação do espaço do campus para realização de congressos estudantis;

6. Conclusão imediata das obras das casas de estudantes (CEU);

7. Abertura de edital para casa dos Estudantes do Jardim Itália assim como um aumento das vagas para moradia estudantil em no mínimo  10% do nº de estudantes da UFMT;

8. Criação de um Centro de Vivências não-comercial e para reunião e eventos dos estudantes universitários, diferente da obra (UFMT-Parque) que esta sendo construído pela reitoria e que só servirá para shopping center de jornalistas durante a copa do mundo de 2014;

9. Garantia de acessibilidade em todos os locais da universidade. Os estudantes perguntam a administração superior: Portadores de necessidades especiais não tem direito a estudar?

10. Contratação de professores e técnicos através de concurso público;

11. Formação de uma comissão permanente de avaliação dos institutos e faculdades;

12. Conclusão imediata de todas as obras que estão com prazo de entrega atrasados. Como o Hospital Veterinário, Obras de acessibilidade, Ampliação do RU , Casa de estudante dentro do campus, Espaço de Vivência do ICHS e Ampliação da biblioteca Central 

13. Que a administração superior da universidade reconheça o zoológico da UFMT como parte integrante e de suma importância para o desenvolvimento educativo e cientifico dos estudantes da UFMT.

14. Compra de equipamentos para os laboratórios.

15. Construção da creche universitária, que além de ser um local que garantirá a permanência de estudantes, professores e técnicos que são pais de crianças pequenas, ainda servirá de local para estágio de estudantes de diversos cursos;

16. Peças de teatro e a ampliação de atividade culturais gratuitas para a comunidade externa e comunidade interna;

17. Garantia das Xerox e Cantinas com o movimento estudantil autônomo.

18. Construção do Hospital Universitário. Administrado pela Universidade.

19. Reforma dos espaços esportivos da UFMT (Quadras Externas)

20. Garantia das aulas de campos para todos os cursos.

Participar da vida política da universidade é estar atento ao que acontece ao seu redor e não ser omisso quanto aos rumos da educação brasileira e da formação profissional. A Universidade Pública tem a função social a cumprir de conseguir mudar o tecido da realidade social com profissionais qualificados tecnicamente e com cidadãos que intervenham no mundo.

Os estudantes da UFMT se mostram presentes na defesa de seus direitos. Exigem dos gestores públicos mais investimento na educação, celeridade no atendimento das pautas estudantis e garantias de que as mesmas sejam cumpridas.

Concentração para Manifestação dia 15/09 às 9h na praça do RU